terça-feira, 30 de março de 2010

Castelo de Mogadouro




Castelo de Mogadouro

Erguido no século XII, o castelo de Mogadouro foi concedido em 1297 pelo rei D. Dinis à Ordem dos Templários e, alguns anos mais tarde, em 1319, passou para a Ordem de Cristo, sucessora daquela. Hoje conservam-se  apenas dois panos de muralha, ligando um deles a torre a um cubelo. A torre, quadrangular e de aparelho "incertum", é acompanhada,   não de muito longe, por uma outra de feição mais recente, conhecida como Torre do Relógio. Esta é feita de cantaria nos cantos e aparelho "incertum" a meio. Está dividida em três registos, o último dos quais preparado para receber sinos. Tem um remate piramidal e ostenta nos quatro cantos pináculos de granito. Apresenta-se hoje com graves fendas. Um pouco mais abaixo vêm-se restos de uma outra cintura de muralhas, em mau estado.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ponte sobre o Rio Sabor - Izeda

ponte (...) “romana”, a Ponte de Izeda, alçada sobre o rio Sabor entre esta freguesia e a vizinha Santulhão (esta já pertencente a Vimioso), é um magnífico exemplar de arquitectura pontística, com seus múltiplos arcos e perfil “em cavalete”. Dotada de quatro talha-mares (que sobem até à altura do fecho dos arcos, mostrando um perfil arredondado a montante e agudo nos voltados e jusantes), a estrutura de alvenaria, em rocha xistosa da região apresenta um amplo arco central bastante aberto e mais quatro outros arquetes (dois de cada lado), estes já levemente apontados e de tamanhos desiguais. Sendo uma construção de fábrica inequivocamente baixo-medieval, esta ponte mostra-se estreita e dotada de guardas, sob a forma de muretes de topo abaulado).
Fonte: Câmara Municipal de Bragança

Ponte sobre o Rio Sabor - Izeda











Dólmen de Areita - Paredes da Beira

Dólmen de Areita

Dólmen composto pelo menos por 5 esteios. Desfruta de um vasto campo visual. Em dois dos esteios foram identificados diversos motivos gravados, merecendo especial destaque o conjunto patente na laje central. As gravuras são linhas em ziguezague na horizontal e na vertical. Uma figura antropomórfica. Pinturas - Linhas onduladas. A técnica de execução poderá ter sido conciliada a martelagem e/ou a fricção formando sulcos muito pouco profundos e quase esbatidos, não sendo de descurar a possibilidade de ter sido pintado. O espólio era variado, contendo restos arqueológicos, material lítico (micólitos e lâminas de pedra lascada, machados e goivas de pedra polida), objectos de adorno (contas discodais em vários materiais), moinhos manuais e material cerâmico (algum com decoração inciso em bandas horizontais.

Dólmen de Areita
















Castelo de Pena de Aguiar

Antecedentes

De acordo com a moderna pesquisa arqueológica, a primitiva ocupação humana desta região remonta à pré-história. À época da Invasão romana da Península Ibérica, os conquistadores foram para aqui atraídos pela presença de minérios de ouro, prata e chumbo. Posteriormente foram sucedidos por Visigodos e por Muçulmanos, estes a partir do século VIII.
O castelo medieval


Embora não hajam informações acerca da primitiva fortificação da penedia, habitada pelas águias que lhe deram o nome - Aguiar -, um castelo já existia à época da Reconquista, entre o século X e XI, na passagem da Alta para a Baixa Idade Média. A Crónica dos Godos refere que Al-Mansur [Benamet] "tomou o Castelo de Aguiar, que está na margem direita do [rio] Souza, na província Portucalense" (1033 da Era Hispânica, correspondente a 995 da Era Cristã).
O castelo foi cabeça da Terra de Aguiar, que posteriormente se constituiu no Concelho de Vila Pouca de Aguiar, tendo o seu nome ligado à Independência de Portugal, quando se acredita que o seu "tenens" fosse partidário de D. Afonso Henriques (1112-1185), de acordo com uma referência na hagiografia medieval de Santa Senhorinha de Basto. Por esse motivo a região foi invadida e o Castelo de Aguiar sitiado por uma força leonesa que pretendia sujeitá-lo ao reino de Leão ou, caso contrário, aprisioná-lo e substituí-lo. Na ocasião, D. Gonçalo Mendes de Sousa, senhor de domínios nas terras de Aguiar e de Panóias, companheiro de armas de D. Afonso Henriques, apressou-se a socorrer as gentes do castelo.
Posteriormente, sob o reinado de D. Afonso III (1248-1279), Telões recebeu a sua Carta de Foral (10 de julho de 1255). Nesse período considera-se que a fortificação começou a perder importância, uma vez que a partir de 1258 a população passou a se libertar gradualmente dos encargos de manutenção da daquela defesa.
O castelo sofreu diversas alterações em fins do século XIV.
Na passagem para o século XVI, a vila perdeu a sua importância administrativa, uma vez que se encontra integrada no Foral concedido a Aguiar da Pena, em 1515. Deste período conhecemos o nome de alguns dos alcaides do castelo, como:

Diogo Lopes de Azevedo;
Fernão Martins de Sousa(a partir de 17 de julho de 1534);
João de Souza Machado;e
Jerónimo de Souza Machado(1583-1594)
A partir de então cessam as informações relativas ao castelo, que se admite tenha deixado de ser utilizado para fins militares desde essa passagem do século XVI para o XVII.
Do século XX aos nossos dias
O castelo encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 26 de fevereiro de 1982.

Características

Do que resta de seu conjunto, depreende-se tratar-se de um antigo castelo roqueiro, em estilo românico, dominado por duas torres: uma a norte, de planta retangular, ligada por uma cortina semi-circular a outra, a sueste. Nesta segunda torre, com cinco faces irregulares, no muro oeste rasga-se uma porta para a barbacâ, cujos muros são adossados a grandes pedregulhos. Uma segunda abertura, no muro norte, comunica com uma praça de armas de reduzidas dimensões, delimitada por ambas as torres.